DESTAQUE EM CONGONHAS

Arte e Diálogo pela Igualdade Racial convida a população a refletir sobre a importância do combate ao racismo

21 de março de 2025

Nesta quinta-feira, a Praça da Estação foi o palco para apresentações artísticas e culturais que marcaram a abertura da mostra “Arte e Diálogo pela Igualdade Racial”. Dança, canto, música e artes visuais tornaram a noite ainda mais especial e destacaram a beleza e a importância das contribuições africanas para a nossa formação artístico-cultural.

Alice Vieira, gerente de políticas de igualdade racial, abriu a noite falando sobre a necessidade de debater e combater o racismo, ressaltando a importância de termos uma lei municipal que institui o Dia Municipal da Luta Contra a Discriminação Racial. “Quando a gente fala de racismo, de intolerância e do racismo religioso, discutindo isso através da arte, de uma forma mais suave, a gente vê as coisas começarem a se transformar e é isso que estamos propondo hoje; com cada simbologia, cada um trazendo o seu conhecimento, promovemos uma troca de saberes”, ressaltou.

O diretor de Direitos Humanos, Múcio Correa Evangelista, também destacou a importância do diálogo antirracista. Em seu discurso, Múcio evidenciou ainda a relevância de abrir espaço para as pessoas se manifestarem. Fátima Sabará, secretária de desenvolvimento, assistência social e cidadania, pontuou que é um dever do poder público ampliar o debate, uma vez que esse espaço de respeito sempre foi negado ao povo negro. “É muito importante esse tipo de evento, porque agrega muito, ainda mais para uma população para a qual foram negados muitos direitos por muito tempo; então tudo que a secretaria puder fazer para engrandecer esse povo negro que construiu o Brasil, a gente precisa fazer”, reforçou.

Emanuel Coimbra, dançarino e multi-artista, apresentou uma interferência artística que uniu dança, capoeira e poesia. “Fratura de Omana: Vozes dos Xapiris” é uma criação do artista que se propõe a valorizar a cultura afro a partir de elementos tradicionais e levar reflexão e conhecimento ao público. O evento contou com a presença de dois representantes das religiões de matriz africana, Mãe Eva, da Nação do Candomblé e Pai Valney, da Umbanda. Participaram também Ogans que fizeram uma homenagem ao mês das mulheres cantando para as Orixás Femininas

Na manhã desta sexta-feira, alunos da rede municipal de educação visitaram a mostra e participaram de uma atividade cultural com o Mestre Pacato e roda de conversa com o palestrante Heitor Vieira. As duas exposições que compõem a mostra, “Figuras de nossos Folguedos Folclóricos”, concebida pelos alunos do curso de artes visuais do projeto “Arte na Escola” e “As Cores da Cidade Cinza”, de Pedro Esteves, seguem abertas ao público a partir das 13h desta sexta, 21, e no sábado e domingo, 22 e 23, das 9h às 13h.