O auditório do Museu de Congonhas sediou, neste sábado (22), o encerramento do Congonhas For Science, programa que, ao longo de quase quatro meses, capacitou pesquisadores e empreendedores por meio de workshops, consultorias, checkpoints e encontros de networking. A iniciativa, promovida pela Prefeitura de Congonhas e executada pelo IEBT Innovation, buscou transformar pesquisas acadêmicas em negócios inovadores e spin-offs, conectando universidades, indústrias e governo para fomentar startups e soluções tecnológicas.

A secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação, Rina Dutra, destacou o compromisso do poder público com a continuidade do projeto e a ampliação da participação local. “Queremos somar cada vez mais. Em próximas edições, bem como em outros programas, assumimos o compromisso de envolver um número ainda maior de pessoas da cidade. Temos total interesse em seguir com as etapas do processo e contribuir para o desenvolvimento de produtos inovadores”, afirmou.

O ponto alto do evento foi o Demoday, no qual nove projetos desenvolvidos por alunos e professores da UFSJ foram apresentados a uma banca avaliadora composta por Fabrício Leão, Thiago Quilice e Natália Fernandes.

O prefeito Anderson Cabido parabenizou a equipe do programa e ressaltou a importância da tecnologia e da produção de conhecimento para a diversificação econômica do município. “Precisamos pensar muito nessa área. Sempre buscamos alternativas à atividade mineral, além de soluções para desafios como o destino de rejeitos das mineradoras e o tratamento de esgoto. O campus Alto Paraopeba da UFSJ, inaugurado há 17 anos, é uma grande semente no caminho da inovação, e o próximo passo é fomentar empresas de base tecnológica”, declarou.

Painel e premiação

O encerramento também contou com o painel “E Agora? Trajetórias da Ciência ao Mercado”, que reuniu os especialistas Fernando Teixeira e Igor Baggione, além do prefeito Anderson Cabido e da secretária Rina Dutra. Durante o debate, foram discutidos os desafios e oportunidades para transformar conhecimento científico em soluções inovadoras e sustentáveis.

Os melhores projetos foram premiados, destacando-se pela relevância e impacto socioeconômico:

-1º lugar:Argamassa Colante Ecogeo – Reduz em 85% a emissão de CO2.

– 2º lugar:Minalgas – Reaproveita resíduos da indústria cervejeira para produzir biofertilizantes.

– 3º lugar:Separador SFM1 – Tecnologia para isolar ferro dos rejeitos da mineração.

A estudante da UFSJ, Emanuelle Jaques, integrante da equipe vencedora, comentou sobre o projeto. “Nossa equipe trouxe a argamassa colante geopolimérica, GeoEco, que é diferente das outras. Começamos com uma pesquisa dentro da universidade e agora estamos trazendo para a indústria”, destacou.

Um dos pilares do programa foi a elaboração do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica, de Impacto Ambiental e Social (EVTECIAS), que permitiu uma análise aprofundada do potencial de cada projeto, garantindo maior assertividade na sua execução e aplicação prática.

Por Secretaria de Comunicação/Prefeitura de Congonhas