A Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Civil e Social – Sesp, da Prefeitura de Congonhas, apresentou o plano de ação para o período de chuvas 2023/2024, na manhã de quarta-feira (01), no auditório da Romaria. Trata-se de importante trabalho para alinhamento estratégico/preventivo e de mitigação de possíveis danos ocasionados pela força natural das precipitações no período final da primavera e início do verão.

De acordo com dados da Sesp na reunião com membros da Prefeitura, a previsão para novembro é de calor acima da média e chuvas espaçadas, porém em pancadas mais fortes, o que vem se confirmando. A previsão se estende para dezembro, porém com encharcamento do solo, requerendo maior atenção. Para o mês de janeiro a previsão também de temperatura elevada e chuvas espaçadas, mas com maior volume de precipitação das chuvas. Ainda assim, o volume total de chuvas deve permanecer dentro da média histórica.

O prefeito de Congonhas, Dr. Cláudio Antônio de Souza, participou da apresentação e ressaltou o trabalho que já vem sendo realizado pelo Executivo em contenções, drenagens e manutenções nas calhas dos rios. De acordo com ele, o esforço deve ser continuado, pois a cidade foi impermeabilizada no passado sem as obras de drenagem necessárias. “O trabalho da Secretaria de Segurança Pública mostra que estamos organizados e preparados. Mostra também a preocupação e responsabilidade da Prefeitura com o período que se iniciou. Todos precisamos ficar atentos às recomendações dos órgãos de Defesa Civil”, enfatizou Dr. Cláudio.

Ainda de acordo com o prefeito, existem estudo indicando que, quanto mais urbanizadas as cidades, mais problemas relacionados a causas naturais ela sofre. Congonhas possui 95% de sua população vivendo em área urbanizada. Os problemas causados pela urbanização e crescimento desordenado também são potencialmente grandes e se concentram no período de maior volume de chuvas na região e encharcamento do solo.

O plano de contingenciamento estabelece várias etapas, reunindo todas as forças disponíveis na Prefeitura, por meio de contratos e licitações já realizadas, equipes e equipamentos, além de insumos, para todas as situações que foram analisadas e que necessitam de ações de mitigação e resposta.

Além do trabalho de monitoramento das cabeceiras dos rios que cortam a cidade por meio de parceria com a Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ) – campus Congonhas, o Município possui 3 pluviómetros e um sensor de nível instalados pelo Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) e uma estação meteorológica, instalada na última semana no prédio JK disponível ao monitoramento dos técnicos da Defesa Civil da Sesp.

Segundo dados da Sesp, Congonhas tem pouco mais de 20 pontos mapeados com chance de alagamentos e uma expectativa de público atingido diretamente de 3 mil pessoas. Assim, Sesp e Sedas já possuem os kits humanitários contratados e equipes preparadas. Também já está sendo pensado um centro de recebimento e triagem de doações, já que a população é sempre solidária nestes momentos.

Algumas escolas municipais também já estão no planejamento em caso de deslocamento de familiares, bem como o resgate de animais. A Secretaria de Obras também está mobilizada e outros setores meio (Controladoria Geral, Procuradoria Geral e Seplag) já estão alinhados ao tema.

O próximo passo, segundo o secretário de Segurança Pública, Gláucio Ribeiro, é chamar as instituições e empresas parceiras para definir ações em conjunto. Lembrando que já existe um trabalho neste sentido por meio do Plano Municipal de Segurança de Barragens – PMSB, que faz parte do Plano de Contingência Integrado – Placon I – do Município junto as empresas Vale, Gerdau e CSN.

Texto e foto: Daniel Palazzi